Os protestos no mundo árabe são também
conhecidos como Primavera Árabe,
em alusão à Primavera dos Povos (1848),
protestos que tomaram conta da Europa com o intuito de dar fim aos
regimes monárquicos.
O movimento de revolta popular no mundo árabe foi iniciado em dezembro de 2010
por uma manifestação individual na qual um tunisiano ateou fogo ao próprio
corpo protestando contra as condições de vida no seu país, desencadeou revoltas
populares que geraram queda do regime de Zine el-Abdine Ben Ali, na Tunísia e
Hosni Mubarak, após 30 anos no poder no Egito. Além dessas deposições, as
manifestações se alastram alcançando a Líbia, quando Muamar Kadafi, no poder
desde 1969, também cai, e no Iêmen Ali Abdulah é substituído por seu vice-presidente,
Abd Rabbuh Mansur al-Radi.
Tais acontecimentos mostram a determinação dos povos da
região na luta contra a corrupção, o autoritarismo e a falta de oportunidades;
mas também o envolvimento de forças ocidentais, sob o pretexto da
autodeterminação dos povos, como no caso do envolvimento da OTAN na queda do
ditador líbio.
Não tiveram cunho religioso. Elas foram, acima de
tudo, democráticas e lutaram pela liberdade. Outro aspecto novo nessas revoltas
foi o caráter tecnológico . As redes sociais serviram como forma de articulação
e permitiram que o mundo visse o que estava acontecendo no mundo árabe.
A eclosão da Primavera Árabe,no final de 2010,
recolocou de forma dramática um debate que percorreu o mundo e dividiu opiniões
nas esferas da política internacional, das ciências humanas e mesmo da
filosofia: a humanidade estaria
ameaçada por um ”choque de civilizações”, que teria , como os principais polos antagônicos o “Ocidente”, de um
lado, e o Islã, do outro. Para os advogados da teoria do “choque”, a
Primavera Árabe está destinada ao fracasso, pois o Islã seria incompatível com
a democracia. Para os seus adversários, não há nenhum “choque”, pois sequer
existem “civilizações” como agrupamentos homogêneos e puros, e por isso a
Primavera Árabe pode encontrar qualquer destino
Mas afinal, esses levantes populares
geram de fato uma mudança regional rumo à estabilização interna, regularização
da situação social e, por fim, integração regional?
Os problemas que afligem o continente africano, como
dependência econômica e conflitos étnicos e intolerância religiosa possuem
fortes raízes históricas, além, claro, da apresentação de fatores semelhantes
na Ásia. Tais problemas não deixaram de existir no pós-Primavera Árabe, o que
gera certa dúvida quanto a uma harmonia na região que possibilite a integração
futura de países como Líbia, Egito, Síria e Iêmen.
A situação econômica não ajuda na
estabilidade interna dos países; as instabilidades causadas pelas revoltas que
caracterizaram a Primavera Árabe comprometeram a comercialização do ouro negro,
gerou queda do PIB regional de US$ 20,6 bilhões e prejuízos na conta pública de
US$ 35,3 bilhões. A população, que já não contava com um suporte social por
parte dos antigos governos, se veem numa situação delicada e as contas públicas
em igual ou pior situação, uma vez que a arrecadação reduziu e os gastos
públicos devem aumentar, numa forma de mostrar a preocupação dos novos governos
com a situação social.
Deve haver um questionamento de se, de fato, houve real mudança
com a queda dos antigos regimes. O que se vê é que, se o povo ainda está
submetido a influências políticas – externas aos países e de empresários, como
é o caso do Egito, com o vice-presidente da Irmandade Mulçumana, partido
islâmico eleito no Egito.
Se há realmente uma interação entre
os países da Primavera Árabe ou os fronteiriços a eles esta é marcada de
tensões, não apresentando perspectivas positivas de mudança. Não é visto sinal
de integração regional, harmonia social interna tampouco interestatal. Por
enquanto, o que podemos testemunhar de cooperação entre tais países é o Plano
Tríplice que exige cooperação entre Líbia, Egito, Argélia, Sudão e entre outros
países não para um objetivo de integrar tais países, mas puramente como uma
maneira de tentar frear os problemas internos – que acabam ultrapassando as
fronteiras e interligando-se – ao propor reforço fronteiriço para combater as
milícias e o contrabando de armas que foi alimentado pelos saques realizados ao
arsenal líbio, após a queda de Kadafi e podem somar-se ao arsenal do grupo
Al-Queada.
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